Solidão e solitude

Já fico tão só que não sei o que sou
Ou não sei o que é o outro
ou se sou além de outros
e sou a única existência.

Já durmo tão só
que me alinho com os gatos
em um desenho abstrato
Como se eu tivesse no mato
perdendo minha eloquência.

Já tenho tão só
que não sei o que me restou
Se as pedras no lago são minhas
quando rebatem formando linhas
e o reflexo confessa minha aparência.

Já vivo tão só que ando em zigzag
E antes que isso acabe
não repare se eu acabar
em outra forçada vivência.